Após sete anos e meio, a última brigada de combate americana abandonou o Iraque ontem. O que poucos sabem é que após a invasão do país, em 2003, comprovou-se que muitas das fotografias, de supostos materiais bélicos, feitas pelos satélites espiões não eram nada mais que maquetes para aparentar potencial armamentista -não me refiro às armas de destruição em massa, da pífia desculpa para invadir o país, que por sinal nunca foram encontradas, senão de armamento convencional-.
Este truque não é nada novo, na realidade os próprio norte-americanos já fizeram o mesmo na Segunda Guerra Mundial, era conhecido como "Exército fantasma".
A 23ª unidade das Forças Especiais, popularmente chamado Exército fantasma, foi criada em 1944 e tinha poucos militares em sua formação que era formado por artistas, desenhistas, técnicos de som, agentes de imprensa, maquiadores e fotógrafos profissionais. Seu trabalho consistia em fazer com que os nazistas acreditassem que existiam mais tropas e material em um determinado local e, sobretudo, distrair o exército alemão para que o verdadeiro exército pudesse avançar sem contratempos.
Reproduziam fielmente todas as unidades militares -infláveis- com seus sons característicos e suas missões eram secretas -o Pentágono demorou mais de 50 anos para reconhecer a existência desta unidade-. Todos os membros da unidade tinham uma insígnia do exército fantasma, que oficialmente não podia ser usada, com os seguintes dizeres em latim "vamos simular o que não existe" e "o que é real deve ser camuflado".
Terminada a guerra, alguns destes "artistas" triunfaram em suas respectivas carreiras (fotografia, pintura, som...)
O EXÉRCITO
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
Os 10 exércitos mais poderosos do mundo
1º. Estados Unidos
Efetivo: 1.414.000 soldados
Gasto militar anual: 329 bilhões de dólares (1.138 dólares por habitante)
Armas nucleares: sim
Efetivo: 1.414.000 soldados
Gasto militar anual: 329 bilhões de dólares (1.138 dólares por habitante)
Armas nucleares: sim
2º. Rússia
Efetivo: 988.100 soldados
Gasto militar anual: 48 bilhões de dólares (333 dólares por habitante)
Armas nucleares: sim
Efetivo: 988.100 soldados
Gasto militar anual: 48 bilhões de dólares (333 dólares por habitante)
Armas nucleares: sim
3º. China
Efetivo: 2.270.000 soldados
Gasto militar anual: 48 bilhões de dólares (37 dólares por habitante)
Armas nucleares: sim
Efetivo: 2.270.000 soldados
Gasto militar anual: 48 bilhões de dólares (37 dólares por habitante)
Armas nucleares: sim
4º. França
Efetivo: 260.400 soldados
Gasto militar anual: 38 bilhões de dólares (636 dólares por habitante)
Armas nucleares: sim
Efetivo: 260.400 soldados
Gasto militar anual: 38 bilhões de dólares (636 dólares por habitante)
Armas nucleares: sim
5º. Reino Unido
Efetivo: 210.400 soldados
Gasto militar anual: 35 bilhões de dólares (590 dólares por habitante)
Armas nucleares: sim
Efetivo: 210.400 soldados
Gasto militar anual: 35 bilhões de dólares (590 dólares por habitante)
Armas nucleares: sim
6º. Coréia do Norte
Efetivo: 1.082.000 soldados
Gasto militar anual: 4,7 bilhões de dólares (214 dólares por habitante)
Armas nucleares: sim
Efetivo: 1.082.000 soldados
Gasto militar anual: 4,7 bilhões de dólares (214 dólares por habitante)
Armas nucleares: sim
7º. Índia
Efetivo: 1.298.000 soldados
Gasto militar anual: 13 bilhões de dólares (13 dólares por habitante)
Armas nucleares: sim
Efetivo: 1.298.000 soldados
Gasto militar anual: 13 bilhões de dólares (13 dólares por habitante)
Armas nucleares: sim
8º. Paquistão
Efetivo: 620.000 soldados
Gasto militar anual: 2,5 bilhões de dólares (17 dólares por habitante)
Armas nucleares: sim
Efetivo: 620.000 soldados
Gasto militar anual: 2,5 bilhões de dólares (17 dólares por habitante)
Armas nucleares: sim
9º. Coréia do Sul
Efetivo: 686.000 soldados
Gasto militar anual: 12 bilhões de dólares (266 dólares por habitante)
Armas nucleares: não
10º. Israel
Efetivo: 161.500 soldados
Gasto militar anual: 9,4 bilhões de dólares (1.499 dólares por habitante)
Armas nucleares: sim
Efetivo: 686.000 soldados
Gasto militar anual: 12 bilhões de dólares (266 dólares por habitante)
Armas nucleares: não
10º. Israel
Efetivo: 161.500 soldados
Gasto militar anual: 9,4 bilhões de dólares (1.499 dólares por habitante)
Armas nucleares: sim
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
Forças armadas
As forças armadas de uma nação constituem o conjunto das suas organizações e forças de combate e de defesa. Dependendo do país, as forças armadas podem adoptar designações oficiais alternativas como "forças de
autodefesa", "forças militares" ou "exércitos".
Na grande maioria dos países, as forças armadas são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, geralmente sob a autoridade directa do ministro da Defesa ou equivalente e sob autoridade suprema do Chefe de Estado ou de Governo, dependendo do regime político. Destinam-se essencialmente à defesa militar do país, podendo também - se a lei nacional o permitir - colaborar na garantia dos poderes constitucionais e na defesa da lei e da ordem interna.
As forças armadas são instituições nacionais autorizadas pela sua nação a usar a força - geralmente através do emprego de armas - em defesa do seu país (incluindo atacar outros países, em defesa dos interesses nacionais). Isso pode ser feito através do combate real ou da simples ameaça do uso da força. As forças armadas, muitas vezes, funcionam como sociedades dentro de sociedades, por terem suas próprias comunidades, leis, economia, educação, medicina e outros aspectos de uma sociedade civil.
Ao estudo do emprego das forças armadas chama-se ciência militar. Em termos gerais, a ciência militar considera três níveis de atuação ofensiva e defensiva: o estratégico, o tático e o operacional. Em todos os níveis, é estudada a aplicação do uso da força no sentido de ser atingido o objetivo desejado.
Organização
Normalmente, as forças armadas estão divididas em três grandes organizações (designadas "forças", "componentes", "exércitos" ou "ramos das forças armadas") a cada uma das quais corresponde um ambiente principal específico de atuação (o mar, a terra e o ar). Essas três organizações são: a força naval (também chamada "marinha" ou "armada"), a força terrestre (também chamada "exército" ou "exército de terra") e aforça aérea (também chamada "aeronáutica" ou "exército do ar"). Diversos países, no entanto, dispôem de uma variação do modelo padrão de três ramos das forças armadas. Por exemplo, países como a Áustria e a Suíçanão dispõem de força naval em virtude de não disporem de acesso direto ao mar. Por outro lado, as forças armadas de diversos países têm mais de três ramos. Alguns exemplos são a China - com força terrestre, força naval, força aérea e força de mísseis estratégicos -, a África do Sul - com exército, marinha, força aérea e serviço militar de saúde -, aAlemanha - com exército, marinha, força aérea, serviços médicos e serviços de apoio comuns -, os
Estados Unidos da América - com exército, marinha, força aérea, Marines e guarda costeira -, a França - com exército de terra, marinha, exército do ar e Gendarmerie -, a Itália- com exército, marinha, aeronáutica, Carabinieri e Guarda de Finança - e o Egito - com exército, marinha, força aérea e força de defesa aérea.As forças armadas muitos países pequenos constituem frequentemente uma única organização, não estando divididas em ramos independentes. Estas pequenas forças armadas são constituídas essencialmente por forças terrestres, às quais podem estar associados pequenos serviços navais e aéreos.
Nas forças armadas de maior dimensão, as diferenças de doutrina e de cultura entre os seus diversos ramos pode ser bastante acentuada, apesar da tendência de integração que vem ocorrendo desde a Segunda Guerra Mundial. No passado, os diversos ramos das forças armadas eram quase totalmente autónomos entre si, existindo poucos ou nenhuns órgãos de coordenação central. Inclusive, era comum, os diversos ramos serem tutelados por diferentes ministros do governo.
A partir da Segunda Guerra Mundial, quase todos os países concentraram a tutela das suas forças armadas num único ministro e criaram órgãos de comando conjunto. Atualmente, na grande maioria dos países, o conjunto das forças armadas encontra-se sob a tutela de um membro do governo, normalmente designado "ministro da Defesa". Sob a direção política do governo - através do ministro da Defesa - existe normalmente um órgão militar central que comanda ou coordena a ação dos diversos ramos das forças armadas.
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
Curiosidades sobre as Forças Armadas brasileiras
O artigo abaixo, de autoria do neoliberal David Magalhães, foi retirado de seu blogger (www.oliberal.blogger.com.br) e traz algumas curiosidades sobre os milicos, que talvez não sejam tão reacionários assim... O conteúdo nos convida a fazer uma reavaliação do papel do Exército nestes tempos de resistência ao neoliberalismo
O artigo abaixo, de autoria do neoliberal David Magalhães, foi retirado de seu blogger (www.oliberal.blogger.com.br) e traz algumas curiosidades sobre os milicos, que talvez não sejam tão reacionários assim... O conteúdo nos convida a fazer uma reavaliação do papel do Exército nestes tempos de resistência ao neoliberalismo.
A Mentalidade Anti-liberal nas Forças Armadas
David Magalhães
15 de março de 1967 foi um divisor de águas entre a política econômica castellista - arquitetada por Roberto Campos (Ministro do Planejamento) e Otávio Bulhões (Ministro da Fazenda) - e as diretrizes desenvolvimentistas comandadas pela "linha-dura". Quando assumiu, em 1964, o ex-Presidente Castello Branco tinha como objetivos superar as crises administrativas e institucionais provocadas pelo conturbado governo de João Goulart. As propostas econômicas pautavam-se em manter a estabilidade monetária e estabelecer um relativo alinhamento com os EUA. Com a morte de Castello, os objetivos governamentais tomaram rumos distintos. Delfim Neto seria o novo czar da economia e um dos principais responsáveis por uma política de investimentos maciços na ampliação física e numérica de empresas estatais com base em empréstimos tomados no exterior.
O resgate do nacionalismo doentio deu-se com a ascensão de Costa e Silva ao poder, quando começaram a ficar explícitas as primeiras tensões com os EUA. A importação de capital estrangeiro era um dos grandes pontos de discordância que a equipe de Costa e Silva tinha com o governo "entreguista" de Castello Branco. O crescimento econômico que se daria a partir de 1967 aconteceria concomitantemente a um gigantismo estatal desenfreado.
A Segurança Nacional era a prioridade que guiaria tanto os rumos da política quanto os da economia. O AI-5, instaurado em 1968, cerceou as liberdades individuais, e a preocupação de controlar setores estratégicos acabou por canalizar para o Estado operações econômicas que poderiam ser muito mais eficientes se fossem desempenhadas pela iniciativa privada. Os dinossauros que se apossaram do poder acreditavam que o Estado deveria assumir o papel decisivo de principal agente econômico, em que o modelo desenvolvimentista, calcado na substituição de importações, acabou por culminar numa retomada nostálgica do varguismo (resgatando as teses do Gen. Horta Barbosa - líder da campanha "O petróleo é nosso"; do Gen. Mendonça Lima - Ministro dos Transportes durante o Estado Novo; e do Cel. Macedo Soares - Planejador da Usina de Volta Redonda).
Frente à investida estatista da linha-dura, os liberais recuaram, sendo, muitas vezes, acusados de apátridas, entreguistas e "vendidos". Em 1972, durante uma sessão de tortura, o Cel. Perdigão disse carinhosamente a alguns guerrilheiros: "Nós, os militares patriotas, verdadeiros patriotas, temos uma manobra em três tempos: os primeiros a serem eliminados serão vocês; em segundo, os membros do Partido Comunista e, depois, por fim, nos livraremos dos liberais que estão entre nós".
Outro exemplo da empreitada anti-liberal dos truculentos da linha-dura, foi quando, em 1982, ao saber que o pensador liberal Raymond Aron presumira que o sistema de planificação econômico soviético não tardaria a desabar, o Gen. Coelho Neto afirmou que "os liberais são tão perigosos quanto os comunistas, porque subestimam o comunismo"; não contente, prosseguiu dizendo: "Este Aron é um subversivo e não sabe nada de comunismo"
O regime militar caiu, mas o pensamento anti-liberal entre os militares ainda continua firmemente de pé. Basta recorrermos aos artigos e ensaios produzidos dentro da ESG (Escola Superior de Guerra) para notarmos que agora os tigrões de farda concentram suas atenções em investidas raivosas contra um tal de "neoliberalismo" que assola o país. Percebe-se de cara a sintonia do pensamento vigente no bojo das Forças Armadas com os postulados esquerdistas, na medida em que ambos clamam pelo estatismo e acusam os EUA pelo nosso subdesenvolvimento.
Em um trabalho do Cel. Roberto Monteiro de Oliveira, nota-se claramente seu posicionamento contra a privatização da Vale do Rio Doce (ocorrida em 1997), onde ele argumentou que "FHC não soube avaliar o enorme valor geopolítico e geo-econômico dessas decisões [relacionados a desestatização], principalmente os incidentes sobre a produção de metais escassos, raros, preciosos ou estratégicos." O que se vê, a bem da verdade, é uma grande confusão - premeditada - entre "controle estratégico" e gerência governamental. A jurássica Vale do Rio Doce nada tinha de rentável, pois, em seus 54 anos de existência como empresa nacional, pagou ao Tesouro Nacional um retorno anual de 0,09%. Tratava-se de em embuste estatal que deveria ter sido entregue a iniciativa privada muito antes de 1997.
Não diferente, a privatização das Telecomunicações também foi duramente contestada pelos militares. Em uma entrevista a revista Cadernos do Terceiro Mundo, o Almirante Fortuna (ex-comandante da ESG e ex-agente do Cenimar - órgão de repressão da Marinha) disse que "antes, a Embratel era senhora absoluta da satelitização do território brasileiro. Tinhamos, de forma independente, tecnologia e soberania. A venda da Embratel foi um erro extremamente grave." A despeito dessa demonstração de nacionalismo irresponsável, os números falam por si: antes da privatização, havia no país apenas 5 milhões de telefones celulares; hoje são 35,2 milhões (crescimento de 600%). Os telefones fixos chegaram a custar US$ 6 mil; hoje, a instalação custa em torno de R$ 70 na cidade de São Paulo. O número de linhas saltou de 19 milhões para 49,3 milhões, um crescimento de 153%. Frente ao repetitivo argumento de termos alienado parcela da soberania por vulnerabilizar um setor estratégico, surge a pergunta que não quer calar: como, em caso de uma emergência bélica, haveria mobilização eficiente se, antes de quebrar o monopólio da Embratel, 98% das propriedades rurais, 80% das habitações urbanas, 46% dos estabelecimentos comerciais e industriais não tinham telefones?
Segundo Chico Santos, da Folha de São Paulo, "A Petrobrás foi, na maior parte desses 50 anos, uma espécie de Feudo dos militares." Não é pra menos: dos 18 Presidentes que empresa teve até 1989, 14 eram fardados. A gigante monopolista ainda continua sendo motivos de elucubrações fetichistas, o que ofusca a capacidade de análise acerca de sua rentabilidade, impossibilitando-se enxergar nada que esteja para além do ufanismo tupiniquim. Porque os militares não nos respondem o motivo pelo qual consumimos uma das gasolinas mais caras do mundo? Porque será que é tão difícil perceber que os monopólios estatais são a forma menos eficiente e mais irracional de organização econômica? Além desses verdadeiros gigantes não serem tão rentáveis quanto, por exemplo, também são antidemocráticas, pois privam o empresário de investir e o consumidor de escolher.
Já o Cel. Manoel Cambeses Júnior acredita que "a ideologia neoliberal, nos países em desenvolvimento, perpetua a exclusão social, incrementa o apartheid tecnológico e desmantela as Forças Armadas". O que diria Hayek se soubesse que estão classificando de neoliberal um país que controla 40% da vida econômica dos seus cidadãos?
Não bastasse o ataque incisivo ao livre mercado, os militares guardam também um profundo sentimento rancoroso contra os norte-americanos, similar ao dos esquerdistas ressentidos. Em uma coletânea destinada a estudos sobre a Amazônia, em um capítulo redigido pelo Cel. Frederico Pamplona, intitulado Amazônia, guerra de resistência, vê-se claramente o ódio contra os EUA. Envolto por surtos fantasiosos e devaneios conspirativos, o tigrão fardado descreve como será a atuação do Exército brasileiro contra a invasão ianque na tão cobiçada Amazônia: "A agressão dos grotescos monstros microcéfalos do norte jamais terá sucesso... Já que eles não conseguiram derrotar o minúsculo Vietnã, como vão se haver com a resistência do gigantesco Brasil? Que venham! As Forças Armadas e o povo brasileiro certamente terão condições de repeli-lo. A vitória definitiva poderá demorar, mas será inevitável. O meio ambiente muito hostil é um grande triunfo nacional. Tenho apenas dó dos nossos aliados campañas que terão braba indigestão com sangue envenenado por gás carbônico de suspeitíssima procedência, fedendo a Ketchup e Hambúrguer".
Conta-se nos dedos os militares que não compartilham desse ressentimento terceiro-mundista. Entre eles encontram-se, por exemplo, Felix Maier e Antonio Coutinho e Mario Cesar Flores, que, na medida do possível, denunciam as burrices latentes no seio das Forças Armadas, que se estendem, ainda, à histeria ideológica a respeito da globalização (os fardados tomam-na como imposição do neoliberalismo pelos países do Norte), da ALCA (têm-na como um projeto de anexação ianque) e da Base de Alcantra (a qual o governo "neoliberal" tucano queria, para o desespero dos militares, entregar aos EUA).
Compactuo com o professor Olavo de Carvalho quando ele disse que "as Forças Armadas são a espinha dorsal da nacionalidade brasileira"; porém, é deprimente saber que uma instituição de tamanha importância e responsabilidade vem se corroendo por idéias retrógradas e já abatidas pelo tempo e pelos fatos.
A Mentalidade Anti-liberal nas Forças Armadas
David Magalhães
15 de março de 1967 foi um divisor de águas entre a política econômica castellista - arquitetada por Roberto Campos (Ministro do Planejamento) e Otávio Bulhões (Ministro da Fazenda) - e as diretrizes desenvolvimentistas comandadas pela "linha-dura". Quando assumiu, em 1964, o ex-Presidente Castello Branco tinha como objetivos superar as crises administrativas e institucionais provocadas pelo conturbado governo de João Goulart. As propostas econômicas pautavam-se em manter a estabilidade monetária e estabelecer um relativo alinhamento com os EUA. Com a morte de Castello, os objetivos governamentais tomaram rumos distintos. Delfim Neto seria o novo czar da economia e um dos principais responsáveis por uma política de investimentos maciços na ampliação física e numérica de empresas estatais com base em empréstimos tomados no exterior.
O resgate do nacionalismo doentio deu-se com a ascensão de Costa e Silva ao poder, quando começaram a ficar explícitas as primeiras tensões com os EUA. A importação de capital estrangeiro era um dos grandes pontos de discordância que a equipe de Costa e Silva tinha com o governo "entreguista" de Castello Branco. O crescimento econômico que se daria a partir de 1967 aconteceria concomitantemente a um gigantismo estatal desenfreado.
A Segurança Nacional era a prioridade que guiaria tanto os rumos da política quanto os da economia. O AI-5, instaurado em 1968, cerceou as liberdades individuais, e a preocupação de controlar setores estratégicos acabou por canalizar para o Estado operações econômicas que poderiam ser muito mais eficientes se fossem desempenhadas pela iniciativa privada. Os dinossauros que se apossaram do poder acreditavam que o Estado deveria assumir o papel decisivo de principal agente econômico, em que o modelo desenvolvimentista, calcado na substituição de importações, acabou por culminar numa retomada nostálgica do varguismo (resgatando as teses do Gen. Horta Barbosa - líder da campanha "O petróleo é nosso"; do Gen. Mendonça Lima - Ministro dos Transportes durante o Estado Novo; e do Cel. Macedo Soares - Planejador da Usina de Volta Redonda).
Frente à investida estatista da linha-dura, os liberais recuaram, sendo, muitas vezes, acusados de apátridas, entreguistas e "vendidos". Em 1972, durante uma sessão de tortura, o Cel. Perdigão disse carinhosamente a alguns guerrilheiros: "Nós, os militares patriotas, verdadeiros patriotas, temos uma manobra em três tempos: os primeiros a serem eliminados serão vocês; em segundo, os membros do Partido Comunista e, depois, por fim, nos livraremos dos liberais que estão entre nós".
Outro exemplo da empreitada anti-liberal dos truculentos da linha-dura, foi quando, em 1982, ao saber que o pensador liberal Raymond Aron presumira que o sistema de planificação econômico soviético não tardaria a desabar, o Gen. Coelho Neto afirmou que "os liberais são tão perigosos quanto os comunistas, porque subestimam o comunismo"; não contente, prosseguiu dizendo: "Este Aron é um subversivo e não sabe nada de comunismo"
O regime militar caiu, mas o pensamento anti-liberal entre os militares ainda continua firmemente de pé. Basta recorrermos aos artigos e ensaios produzidos dentro da ESG (Escola Superior de Guerra) para notarmos que agora os tigrões de farda concentram suas atenções em investidas raivosas contra um tal de "neoliberalismo" que assola o país. Percebe-se de cara a sintonia do pensamento vigente no bojo das Forças Armadas com os postulados esquerdistas, na medida em que ambos clamam pelo estatismo e acusam os EUA pelo nosso subdesenvolvimento.
Em um trabalho do Cel. Roberto Monteiro de Oliveira, nota-se claramente seu posicionamento contra a privatização da Vale do Rio Doce (ocorrida em 1997), onde ele argumentou que "FHC não soube avaliar o enorme valor geopolítico e geo-econômico dessas decisões [relacionados a desestatização], principalmente os incidentes sobre a produção de metais escassos, raros, preciosos ou estratégicos." O que se vê, a bem da verdade, é uma grande confusão - premeditada - entre "controle estratégico" e gerência governamental. A jurássica Vale do Rio Doce nada tinha de rentável, pois, em seus 54 anos de existência como empresa nacional, pagou ao Tesouro Nacional um retorno anual de 0,09%. Tratava-se de em embuste estatal que deveria ter sido entregue a iniciativa privada muito antes de 1997.
Não diferente, a privatização das Telecomunicações também foi duramente contestada pelos militares. Em uma entrevista a revista Cadernos do Terceiro Mundo, o Almirante Fortuna (ex-comandante da ESG e ex-agente do Cenimar - órgão de repressão da Marinha) disse que "antes, a Embratel era senhora absoluta da satelitização do território brasileiro. Tinhamos, de forma independente, tecnologia e soberania. A venda da Embratel foi um erro extremamente grave." A despeito dessa demonstração de nacionalismo irresponsável, os números falam por si: antes da privatização, havia no país apenas 5 milhões de telefones celulares; hoje são 35,2 milhões (crescimento de 600%). Os telefones fixos chegaram a custar US$ 6 mil; hoje, a instalação custa em torno de R$ 70 na cidade de São Paulo. O número de linhas saltou de 19 milhões para 49,3 milhões, um crescimento de 153%. Frente ao repetitivo argumento de termos alienado parcela da soberania por vulnerabilizar um setor estratégico, surge a pergunta que não quer calar: como, em caso de uma emergência bélica, haveria mobilização eficiente se, antes de quebrar o monopólio da Embratel, 98% das propriedades rurais, 80% das habitações urbanas, 46% dos estabelecimentos comerciais e industriais não tinham telefones?
Segundo Chico Santos, da Folha de São Paulo, "A Petrobrás foi, na maior parte desses 50 anos, uma espécie de Feudo dos militares." Não é pra menos: dos 18 Presidentes que empresa teve até 1989, 14 eram fardados. A gigante monopolista ainda continua sendo motivos de elucubrações fetichistas, o que ofusca a capacidade de análise acerca de sua rentabilidade, impossibilitando-se enxergar nada que esteja para além do ufanismo tupiniquim. Porque os militares não nos respondem o motivo pelo qual consumimos uma das gasolinas mais caras do mundo? Porque será que é tão difícil perceber que os monopólios estatais são a forma menos eficiente e mais irracional de organização econômica? Além desses verdadeiros gigantes não serem tão rentáveis quanto, por exemplo, também são antidemocráticas, pois privam o empresário de investir e o consumidor de escolher.
Já o Cel. Manoel Cambeses Júnior acredita que "a ideologia neoliberal, nos países em desenvolvimento, perpetua a exclusão social, incrementa o apartheid tecnológico e desmantela as Forças Armadas". O que diria Hayek se soubesse que estão classificando de neoliberal um país que controla 40% da vida econômica dos seus cidadãos?
Não bastasse o ataque incisivo ao livre mercado, os militares guardam também um profundo sentimento rancoroso contra os norte-americanos, similar ao dos esquerdistas ressentidos. Em uma coletânea destinada a estudos sobre a Amazônia, em um capítulo redigido pelo Cel. Frederico Pamplona, intitulado Amazônia, guerra de resistência, vê-se claramente o ódio contra os EUA. Envolto por surtos fantasiosos e devaneios conspirativos, o tigrão fardado descreve como será a atuação do Exército brasileiro contra a invasão ianque na tão cobiçada Amazônia: "A agressão dos grotescos monstros microcéfalos do norte jamais terá sucesso... Já que eles não conseguiram derrotar o minúsculo Vietnã, como vão se haver com a resistência do gigantesco Brasil? Que venham! As Forças Armadas e o povo brasileiro certamente terão condições de repeli-lo. A vitória definitiva poderá demorar, mas será inevitável. O meio ambiente muito hostil é um grande triunfo nacional. Tenho apenas dó dos nossos aliados campañas que terão braba indigestão com sangue envenenado por gás carbônico de suspeitíssima procedência, fedendo a Ketchup e Hambúrguer".
Conta-se nos dedos os militares que não compartilham desse ressentimento terceiro-mundista. Entre eles encontram-se, por exemplo, Felix Maier e Antonio Coutinho e Mario Cesar Flores, que, na medida do possível, denunciam as burrices latentes no seio das Forças Armadas, que se estendem, ainda, à histeria ideológica a respeito da globalização (os fardados tomam-na como imposição do neoliberalismo pelos países do Norte), da ALCA (têm-na como um projeto de anexação ianque) e da Base de Alcantra (a qual o governo "neoliberal" tucano queria, para o desespero dos militares, entregar aos EUA).
Compactuo com o professor Olavo de Carvalho quando ele disse que "as Forças Armadas são a espinha dorsal da nacionalidade brasileira"; porém, é deprimente saber que uma instituição de tamanha importância e responsabilidade vem se corroendo por idéias retrógradas e já abatidas pelo tempo e pelos fatos.
O Exército Romano
Roma era poderosa devido ao seu exército, de uma força soberba e bem treinado, com uma disciplina e armas superiores à maioria dos seus inimigos. A base do exército era a legião, de dimensões variáveis, que no tempo de Augusto tinha seis mil homens, todos cidadãos romanos voluntários, que serviam durante vinte anos. A legião dividia-se em 30 manípulos e estes em duas centúrias. Os principais oficiais eram os centuriões, cada um responsável por cem homens, derivando daí o nome de centúria. Nos anos 200 d. C. a legião tinha apenas dois mil homens. Cada legião contava com o apoio de uma força auxiliar de não romanos mobilizados para o exército, que tinha mais ou menos a mesma quantidade de homens. A força total de um exército variava, tendo com Augusto 28 legiões, que eram deslocadas de local para local conforme as necessidades da defesa. As legiões eram leais apenas aos seus próprios generais, conferindo-lhes popularidade e poder, como foi o caso de Júlio César.
Praças
Os praças são o grupo de militares com a formação mais básica, com poucas ou nenhumas responsabilidades de comando, são essencialmente executantes. Os diversos postos são os seguintes:
- Cabo - é o militar que comanda uma Esquadra ou grupo básico de soldados. Antigamente era chamado cabo-de-esquadra. Em Portugal, desde finais do séc. XIX é chamado de 1º cabo. No Brasil, em algumas especialidades militares, é chamado taifeiro-mor.
- Anspeçada - tradicionalmente a primeira graduação a que um soldado pode ser promovido. Em Portugal, em meados do séc. XX passou a designar-se 2º cabo.
- Soldado - o mais baixo posto de militar, com a formação completa. No Brasil, em algumas especialidades é chamado de Taifeiro.
- recruta - a denominação de uma praça que ainda está a receber a formação militar.
Exército, na maioria dos países, consiste na componente terrestre das suasforças armadas, sendo a aérea conhecida normalmente por força aérea e a naval por marinha. No entanto, em alguns países (Espanha e França, por exemplo) também são denominadas "Exército" as forças aéreas e mesmo as navais. Neste caso a componente terrestre é chamada exército-de-Terra, a aérea, exército-do-Ar e a naval, exército-do-Mar.
As forças militares no Brasil e em Portugal são denominadas Exército, Marinha e Força Aérea (Aeronáutica no Brasil).
Como fração, exército também pode referir-se a uma grande unidade militar, sob comando de um oficial general.
No passado, o exército também era designado pelo termo "armada", vindo doLatim "armata" (dotado de armas). Etimologicamente, vêm do termo armata as designações correspondentes a "exército" em algumas línguas, como a inglesa(Army) ou a francesa (Armée). Em outras línguas, termos com origem em armatasão usados para designar o exército apenas como fração - usando-se outro termo para designar a totalidade das forças terrestre de um país, como na língua italiana (armata por oposição a esercito) e língua alemã (Armee por oposição aHeer). Hoje em dia, na língua portuguesa, o termo "armada", praticamente, só é utilizado no sentido de força naval.
Organização
Os exércitos possuem, normalmente, uma organização horizontal por especialidades denominadas "armas" e "serviços", e uma organização vertical por unidades de diversos escalões.
Armas e serviços
Normalmente os exércitos englobam especialidades denominadas "armas" se são combatentes, e "serviços" se são de apoio logístico.
Conforme a sua função, os militares e as unidades dos exércitos são englobadas numa dessas armas ou serviços. Normalmente, as armas e serviços são os seguintes:
- Cavalaria - arma que, antigamente, utilizava cavalos para operações de combate ou reconhecimento. No século XX passou a utilizar, para esses fins, meios blindados, alterando a sua denominação, nalguns países, para Arma Blindada;
- Infantaria - arma especializada em combate apeado. Atualmente pode utilizar viaturas blindadas de transporte;
- Artilharia - arma especializada na operação de armas pesadas;
- Engenharia - arma especializada na construção e destruição de obstáculos, fortificações e vias de comunicação e na criação de tecnologia de guerra.
- Comunicações - arma ou serviço responsável pelos meios de comunicações, informática, comando e controlo. ChamadaTransmissões no Exército Português;
- Intendência - serviço responsável pela alimentação, vestuário e combustíveis. Chamado Administração Militar no Exército Português;
- Saúde - serviço responsável pela garantia da saúde das tropas;
- Material - serviço responsável pela manutenção e conservação do armamento, veículos e outros equipamentos. Chamado Material Bélico no Exército Brasileiro;
- Transportes - serviço responsável pelo transporte estratégico de tropas e abastecimentos;
- Aviação ligeira - arma ou serviço especializado no emprego dehelicópteros e aviões ligeiros em apoio directo às tropas terrestres;
- Defesa Anti-Aérea - arma responsável pela operação de armas e meios de detecção antiaéreos;
- Informações - serviço responsável pela recolha de informações táticas. Chamado Inteligência em alguns países;
- Secretariado - serviço responsável pelos serviços administrativos;
- Serviço de Assistência Religiosa - serviço responsável pelo apoio espiritual e religioso das tropas;
- Assuntos Civis - serviço responsável pela relação com as autoridades civis e pela administração de territórios ocupados;
- Polícia do Exército - serviço responsável pela manutenção da ordem interna militar e pela segurança de instalações;
- Defesa Nuclear, Química e Biológica - serviço responsável pela protecção contra armas de destruição em massa.
Unidades
Em termos de organização vertical os exércitos englobam unidades de vários escalões. As unidades especializadas numa única arma ou serviço são conhecidas por "pequenas unidades". As unidades de escalão superior que englobam várias pequenas unidades de armas e serviços diferentes são chamadas "grandes unidades", sendo normalmente comandadas por oficiais generais.
Tradicionalmente, em ordem crescente, os diversos escalões das unidades do Exército são os seguintes:
- Esquadra - unidade básica comandada por um cabo, composta por quatro a oito elementos. Em alguns tipos de unidades é chamadaEquipa.
- Secção / seção - fração comandada por um sargento, composta por duas ou três esquadras. Em algumas unidades do Exército Brasileiro é chamado Grupo de Combate.
- Pelotão - a menor unidade de comando de oficial (normalmente alferes ou tenente), composta por duas ou três secções (seções). Em algumas unidades do Exército Português é chamado Grupo de Combate.
- Companhia - unidade sob comando de um capitão, constituída por diversos pelotões. Tradicionalmente, na cavalaria é chamadaesquadrão e na artilharia bateria.
- Batalhão - a menor unidade comandada por um oficial superior (normalmente major ou tenente-coronel), composta por diversas companhias. Em algumas armas e serviços adopta a designação degrupo ou regimento.
- Regimento - tradicionalmente a maior pequena unidade existente, comandada por um coronel e incorporando vários batalhões. Até aoséc. XVIII, no Exército Português, este escalão era denominado terço. Actualmente, na maioria dos ]]exércitos deixou de ser uma unidade operacional, mantendo-se apenas em alguns como unidade administrativa. Com a extinção deste escalão, alguns exércitos, por motivos de tradição, passaram a chamar regimento às unidades de escalão batalhão de algumas armas, como é o caso da cavalaria noexército brasileiro.
- Brigada - tradicionalmente, a menor grande unidade sob comando de um oficial general. Antigamente, era composta por vários regimentos, mas actualmente as suas subunidades maiores são de escalão batalhão.
- Divisão - agrupamento de várias brigadas, mais unidades de apoio divisionário, totalizando entre 10.000 e 25.000 efectivos.
- Corpo de Exército - agrupamento de várias divisões, mais unidades de apoio de corpo de Exército, com um efectivo entre 20.000 e 80.000 militares.
- Exército - agrupamento de vários corpos de Exército, com mais de 200.000 efectivos. Antigamente, era a denominação genérica de uma grande unidade em operações, sob o comando de um oficial general. No Brasil era denominado Exército um comando territorial agrupando várias regiões militares.
- Grupo de exércitos - agrupamento de vários exércitos, com mais de 700.000 militares.
Muitas vezes são constituídas unidades provisórias de escalão variável que são conhecidas por destacamentos, agrupamentos (grupamentos), forças, etc.
Pessoal do Exército
O pessoal dos exércitos, de acordo com o seu nível de formação e o grau do comando exercido, divide-se em três grandes escalões hierárquicos: oficiais, sargentos e praças. No Brasil, os sargentos são incluídos na classe das praças, sendo subdivididas em círculos hierárquicos dos sargentos e dos cabos e soldados. Por sua vez, os círculos hierárquicos dos oficiais dividem-se entre oficiais subalternos, intermediários, superiores e generais.
Oficiais
Actualmente, na maioria dos exércitos, os oficiais são os militares com formação superior com as maiores responsabilidades em termos de comando. Os oficiais especializam-se numa arma ou serviço, exercendo as suas funções nessa especialidade. O sub-escalão mais elevado (círculo) dos oficiais é o dos generais, que além da formação base na sua arma de origem, recebem uma formação em altos estudos militares que lhes permite exercer o comando de grandes unidades de todas as armas e serviços.
Os diversos graus hierárquicos de oficiais são os seguintes:
- Generalíssimo - título atribuído em alguns países aos chefes-de-estado, quando militares, ou aos comandantes-chefes do Exército.
- Marechal-general - posto reservado ao comandante-chefe doExército Português, durante o final do século XVIII e o início do XIX. Até1762 foi chamado "capitão-general". Na monarquia constitucional tornou-se o posto privativo do Rei, na sua função de comandante supremo do Exército;
- Marechal do Exército - dignidade honorífica atribuído a generais de grande destaque. No Brasil já foi uma patente e agora somente existe em casos de guerra com o título de marechal.
- Coronel-general - posto existente apenas em alguns países, responsável pelo comando de um Exército ou grupo de exércitos. Noutros países dá-se o título de coronel-general aos oficiais generais que exercem o comando honorário de uma arma ou corpo militar (ex.: coronel-general da Cavalaria);
- General ou General-de-Exército - Oficial General responsável pelo comando de uma grande unidade superior à Divisão. Antigamente era o comandante de uma arma específica (ex.: General de Infantaria). No Exército Português actualmente o posto de General está reservado ao Chefe do Estado-Maior do Exército e ao Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas. No Brasil existem vários Generais-de-Exército que exercem diversos altos comandos;
- Tenente-General ou General de Divisão - General responsável pelo comando de uma Divisão ou comando militar equivalente. Até ao séc. XVIII o posto denominava-se Mestre-de-Campo-General;
- Major-General ou General de Brigada - General responsável pelo comando de uma Brigada. Até 1762, o posto chamava-se Sargento-Mor de Batalha. Entre 1762 e 1864, o posto chamou-se Marechal de Campo. Passou depois a chamar-se Major-General e posteriormente General de Brigada. Em Portugal, o posto foi extinto em 1911 e restaurado em 1937 com a denominação de Brigadeiro. Em 1999passou novamente à designação de Major-General.
- Brigadeiro-General ou Brigadeiro - posto intermédio entre o de Oficial General e Oficial Superior, antigamente responsável ao mesmo tempo pelo comando de uma Brigada e por um dos Regimentos seus componentes. Em Portugal, o posto foi extinto em 1863 e reintroduzido com as mesmas características no período de 1929 a 1937. Entre 1937 e 1999, utilizou-se o termo Brigadeiro para designar o General de Brigada. Neste país, Brigadeiro-General é, desde 1999, uma graduação temporária, atribuída a determinados Coroneis para exercerem certos comandos especiais. No Brasil este posto não existe actualmente.
- Oficiais superiores
- Coronel tirocinado - no Exército Português é a designação dos coronéis com o Curso Superior de Comando e Direcção, com todas as condições para promoção a oficial general. Em alguns, outros, exércitos existe o posto de coronel superior, com características equivalentes.
- Coronel - o mais alto posto de oficial superior, tradicionalmente comandante de um regimento. Antigamente, era chamado mestre-de-campo.
- Tenente-coronel - oficial superior que exerce as funções de 2º comandante (subcomandante) de um regimento ou de comandante de um batalhão independente. Até inícios do século XIX, nas ordenanças, o posto era chamado capitão-mor.
- Major - 2º comandante (subcomandante) de um batalhão independente ou comandante de um batalhão integrado num regimento. Até inícios do século XIX, o posto era conhecido porsargento-mor.
- Capitães (oficiais intermediários)
- Capitão - tradicionalmente o comandante de um companhia, esquadrão ou bateria.
- Oficiais subalternos
- Tenente ou primeiro-tenente - comandante de um pelotão ou adjunto de uma companhia, esquadrão ou bateria;
- Alferes ou segundo-tenente - o posto inicial de um oficial com a formação completa, responsável pelo comando de um pelotão.
- Oficiais em Formação
- Tenente aluno - em Portugal é a graduação dos alunos do último ano dos cursos da Academia Militar com a duração de sete anos;
- Alferes aluno - em Portugal é a graduação dos alunos do 6º ano de cursos da Academia Militar com mais de cinco anos;
- Aspirante a Oficial - militar com o curso superior completo, mas ainda em estágio numa unidade militar. Em alguns casos pode assumir o comando de um Pelotão. Em Portugal é a graduação dos alunos do 5º ano da Academia Militar;
- Cadete - Aluno de uma escola superior militar (ex.: Academia Militar de Portugal ou Academia Militar das Agulhas Negras do Brasil). Antigamente era um jovem nobre que estagiava como Soldado num Regimento, para se tornar seu Oficial.
Sargentos
O escalão de sargentos corresponde a militares de carreira com uma formação mais avançada que as praças e que auxiliam os oficiais no exercício do seu comando. Na atualidade os sargentos assumem uma importância cada vez maior, exercendo o comando operacional de diversas unidades básicas. Os sargentos também são conhecidos por oficiais inferiores ou suboficiais.
- Sargentos superiores
- Subtenente ou Suboficial - designação da maior graduação da categoria de sargento em alguns países, entre os quais, o Brasil.
- Sargento-mor - posto introduzido em 1976, em Portugal, como a maior graduação da categoria de sargento. Esta denominação foi utilizada, até início do século XIX, para designar o posto de Major;
- Sargento-chefe - posto introduzido em 1976, em Portugal, como o de sargento mais graduado num batalhão. No Brasil esta graduação não existe.
- Sargento-ajudante - até 1976, no Exército Português, era o sargento mais graduado de uma regimento ou batalhão, sendo responsável pelo seu secretariado e assuntos do pessoal. Ocasionalmente era chamadoSargento-brigada. Em 1976 passou a ser o posto mais elevado de sargento numa companhia. No Brasil esta graduação não existe, sendo, entretanto, a denominação do sargento auxiliar do oficial responsável pela Seção de Pessoal das unidades.
- Sargento-quartel-mestre - durante o século XIX era um posto inferior ao de sargento-ajudante no Exército Português, responsável pela logística do regimento.
- Sargentos subalternos
- Primeiro-sargento - tradicionalmente o sargento superior de uma companhia. Em Portugal, actualmente é o sargento-de-pelotão, auxiliando o seu comandante no exercício do comando;
- Segundo-sargento - em Portugal, a graduação mais básico de sargento profissional. No Brasil o sargento-superior do pelotão;
- Furriel ou terceiro-sargento - em Portugal, a graduação de furriel corresponde aos sargentos não profissionais (militares voluntários, contratados, etc.). No Brasil, terceiro-sargento é o primeiro posto da categoria dos sargentos.
- Sargento aluno - militar em formação em Escola de Formação de Sargentos com graduação equivalente ao cabo.
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